Num artigo do DN, o comisário político Luís Delgado fala de honra em relação a uma pessoa que conhece pouco o significado dessa palavra.
Teria sido um gesto de honra se PSL tivesse apresentado a demissão no preciso instante em que o PR lhe comunicou que pretendia dissolver a Assembleia da República. Mas à saída do Palácio de Belém, PSL, ainda um pouco atordoado, reafirma convictamente que o governo está na plenitude das suas funções.
Admito que poderia argumentar que, então, a decisão ainda não era oficial. Mas podia ter tido o tal gesto no minuto seguinte ao da comunicação oficial ao país do PR. Se essa fosse efectivamente a sua convicção, não teria necessidade de esperar 24 horas para tomar a decisão. Era logo, mostrava carácter e, talvez, a tal honra. Mas teve que pedir conselhos aos amigos, arrastar a situação, pensar numa ideia luminosa para sair de nariz altivo do embaraço.
PSL parte para o ataque. No seu discurso, começa com uma encenada pose de estado para, passados alguns minutos, lhe fugir o dedo para o chinelo. Balbucia como se estivesse num congresso do PSD. Faz questões, continua a dizer que não percebe a situação.
Realmente PSL é incapaz de perceber, e foi essa a razão da sua desgraça.
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