Não, não me estou a referir a Santana Lopes. Eu sei que a associação é fácil e rápida, mas totalmente involuntária. É como dizer santinho quando alguem espirra... mesmo sendo ateu!
Estou a referir-me ao circo do julgamento do caso Casa Pia. O cenário, ou melhor, a tenda está montada à porta do tribunal. Os acrobatas, os palhaços e os animais mais ou menos amestrados ali andam a mostrar-se, a dizer barbaridades, a mostrar como se é ridículo.
O governo (afinal acabei por falar dele) tem agora o caminho livre para fazer os disparates que quiser. Nos próximos tempos a comunicação social só vai ter olhos - e ouvidos - para o que se passar naqueles escassos metros quadrados. Já imagino a banca dos telejornais montada à porta do tribunal, com os basbaques por detrás, ao telemóvel, acenando para a prima - tájeme a ber? tájeme a ber? - e as intermináveis intervenções dos enviados especiais que nada mais poderão fazer que especular.
Haverá os eternos especialistas em direito convidados para dar a sua abalizada explicação em directo, onde não faltará o putativo candidato a bastonário da ordem, de óculos redondos (peço desculpa mas não me recordo do seu nome) e veremos até onde se poderá abrir a boca da Manuela Moura Guedes, que rematará todas as intervenções com o inevitável "pois".
Como diria Pacheco Pereira, pobre país o nosso.
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