Na passada segunda-feira o ministro das finanças lançou o espectro da desgraça ao afirmar que, dentro de 10 anos, a Segurança Social estaria falida.
Entretanto, economistas e dirigentes sindicais vêm desdramatizar estas afirmações. Afinal quem tem razão?
Será que as contas são assim tão difíceis de fazer?
Um aspecto curioso é que, ao gosto das novas correntes neoliberais, é proposto como solução o recurso a sistemas privados de segurança social. Ora aqui é que eu não percebo mesmo o que se passa (ou talvez perceba). Então se um sistema gerido pelo estado, e não orientado para o lucro empresarial, não consegue gerar fundos suficientes, como é que sistemas privados, destinados a produzir mais valias e lucros para accionistas, podem assegurar tal sucesso financeiro?
Porque é que um grande número de ministros das finanças e ministros ligados à pasta da segurança social, eram oriundos de instituições financeiras de peso, com grande vocação para gerir fundos de pensões?
Há aqui uma galinha dos ovos de ouro escondida, à espera de ser desmembrada para grandes lucros de uns poucos. Esperemos que a gripe das aves não cause nenhuma surpresa a ambas as partes...
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