segunda-feira, junho 28, 2004

Santana Lopes Primeiro Ministro?... Só nos faltava mais esta

Realmente é com enorme consternação que tenho lido e ouvido as notícias que apontam Pedro Santana Lopes (PSL) como sucessor de Durão Barroso na liderança do Governo deste país.

Em primeiro lugar devo confessar que nutro por PSL o mais profundo desprezo como político e como pessoa, pela sua conduta em geral (ou falta dela). Não vem ao caso qualquer comportamento da sua vida privada, pois esse não me diz respeito. Repugna-me sim a postura de homem de falta de palavra e de carácter que tem sempre demonstrado ser.
A título de exemplo, posso recordar as afirmações proferidas aquando do seu agastamento com a SIC a propósito de uma rábula em que era ridicularizado, de modo infeliz, é certo, sendo insinuado o seu excessivo gosto pela escocesa bebida. E disse então, em conferência de imprensa que teve lugar nos Passos do Concelho da Figueira da Foz, mais ou menos isto: "... se o sr. Presidente da República não tomar uma atitude ... retirar-me-ei da política activa sem qualquer hipótese de recuo."
Que eu saiba, o sr. Presidente da República ainda não tomou a tal atitude. Se calhar, por não dizer que não tomava, o nosso amigo PSL, infelizmente, ainda não se retirou da vida política.

Poderia referir mais exemplos da baixeza de carácter desta personagem, tais como os compromissos que sempre altera, as afirmações que não sustenta, a falta de rumo político, a ausência de ideologia definida.

Este parasita político pretende tomar as rédeas do poder. Não pelo "nobre" sentimento do serviço público, mas pela mais pura vaidade e sede de poder. Atrás dele segue um conjunto de outros parasítas - alguns vindos da Figueira da Foz onde, já então, eram um peso para a sociedade - que bajuladoramente continuarão a adorar o mestre e a disseminar este culto pelo mediocre em que o país tem vindo a mergulhar.

Em segundo lugar, é lamentável constatar que neste país a comunicação social, numa total falta de ética profissional, usa o jornalismo tablóide como norma. Ainda tudo se passava no campo das meras hipóteses e já uma série de factos eram apresentados aos portugueses como consumados.
Ainda bem que temos como Presidente da República um político e um Homem de princípios. E ainda bem que a Comunicação Social, de vez em quando, se lembra que ele existe.

O crescente ruído de fundo que este caso de "sucessão" de poder tem vindo a originar, leva-me a acreditar, sem qualquer tipo de favoritismo político, que a melhor solução para o país e para a Democracia que ainda se está a construir, será a convocação de eleições legislativas.